Marcadores

domingo, 4 de agosto de 2013

O quanto custa a vida?

Aliais, o que é a vida? A gente nasce, aprende a falar, cria amizades, laços familiares e se liga emocionalmente às pessoas. Durante esse processo a gente vai crescendo, e socialmente fazendo escolhas, mas nem sempre fazemos as escolhas certas. E certas pra quem? Quem decide o que é certo e o que é errado?

Tínhamos que crescer, entrar em uma universidade pra ter um papel que diga quais são nossas competências e funções sociais, depois deveríamos casar, fazer/ter filhos, ter uma casa, um carro, depois nossos filhos iam sair de casa, íamos envelhecer para então curtir a melhor idade. Afinal, já não seriamos mais mais mão-de-obra, agora é hora de curtir a vida.

Parece o plano perfeito. Tudo perfeitamente calculado por esse sistema tão igual, justo e estável.

Estável ao ponto de criar classes e padrões sociais. Classes separadas por abismos financeiros onde há uma lei em que diz que todos são iguais, mas essa igualdade está somente nos padrões que são impostos multiforme e constantemente à todos de forma isonômica.

TODOS temos que ser iguais. Temos que ter as mesmas roupas, mesmos cabelos, mesmo modo de vida. IGUAIS. Essa é a nossa opção, caso contrário, somos excluídos, expulsos ou simplesmente mortos.

Parece um discurso de um idealista maluco. Mas há fatos que são são capazes de nos surpreender no meio da jornada, levando-nos à esses questionamentos, que são quotidianos, mas nem sempre tão fortes. O que eu to fazendo? Enquanto eu sigo o rumo “normal” da vida, existem pessoas que morrem, matam e enlouquecem, pelo simples fato de não se adequarem ao sistema. Esses, nem sempre mentes extraordinárias, são apenas pessoas incomuns, talvez mais sensíveis, que querem uma vida comum, e por isso acabam sendo vítimas das classes e padrões, e portanto sendo “eternos” inadequados e inconformados.

Às vezes mentes promissoras. [licença para o clichê] Diamantes sem lapidação, pois lapidar é caro e não é acessível à todos. Triste é ver de tão perto isso. Revoltante é olhar o quanto essa sociedade pode ser tão injusta, desigual e corrupta.

Eu quero envelhecer, mas certamente, não quero ser igual. Tenho mais medo da clicheização da vida, do que das frases clichês do meu texto ou do clichê da morte. A única coisa que quero, é que a ténue linha que separa a loucura da sanidade não seja transposta, pois são em momentos como esses tenho certeza que muito perto chego dessa linha e tenho um medo absurdo do que vejo lá do outro lado (seja ele qual for).

**04/08/2013**


Nenhum comentário:

Postar um comentário