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domingo, 24 de março de 2013

Abrace


Acto de abraçar, de apertar entre os braços, geralmente em demonstração de amor, gratidão, carinho, amizade, etc.”

Assim falou-me o dicionário, e por isso eu digo e afirmo: nada como um abraço. Acho ele é uma simples expressão que consegue transmitir um mundo de sentimentos. Um simples abraço é capaz de exorcizar, trocar energias, aliviar, aclamar, purificar e deixar as pessoas mais próximas.

Gosto de abraçar, aperto de mão é para os fracos. O abraço é o olá perfeito e um até logo delicioso. Basta ter o mínimo de sensibilidade para perceber e interpretar os sentimentos que se passam entre os braços das pessoas que gostam da gente, ou das fingem. Um abraço bem dado não engana, nele percebe-se a sutileza do que as vezes não se quer falar.

Abraçar é parear corações, aproximar rostos, sentir a respiração, o pulsar do coração e quando tem o tapinha nas costas e beijinho no rosto torna-se muito mais que perfeito.

Então é isso: abrace sem vergonhamente, intensamente, apaixonadamente, abrace por inteiro, como se cada abraço fosse o último. O ultimo com gosto de até logo, e abrace na proporção das virgulas chatas desse texto chato.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Cada um têm seus vícios



Gosto de dengo,
sou manhoso,
carinho é meu vício e
um abraço me dopa.

E nessa vida,
busco apenas
o alucinogénio perfeito.
Não que ache que vá encontrá-lo.

Mas nada me impede,
de insistentemente,
procurá-lo.

Nessas buscas alguns arranhões,
cicatrizes e muitos sorrisos.
Carinho é meu vício,
e um abraço em endoida!  

segunda-feira, 11 de março de 2013

Samba e amor


Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhã
Escuto a correria da cidade que arde
E apressa o dia de amanhã
De madrugada a gente 'inda se ama
E a fábrica começa a buzinar
O trânsito contorna a nossa cama, reclama
Do nosso eterno espreguiçar
No colo da bem vinda companheira
No corpo do bendito violão

Eu faço samba e amor a noite inteira
Não tenho a quem prestar satisfação

Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito mais o que fazer
Escuto a correria da cidade. Que alarde!
Será que é tão difícil amanhecer?
Não sei se preguiçoso ou se covarde
Debaixo do meu cobertor de lã

Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhã.
Chico  Buarque