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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Inna Modja



Com apenas dois álbuns e 27 anos, Inna Modja, foi considerada a revelação da música francófona 2011. Ainda não tive oportunidade de ouvir os dois álbuns, até agora tive acesso somente ao segundo, no entanto, já me animei bastante. Algumas das música misturam inglês e francês, são bem animadas e ela tem um estilo muito peculiar.

Fugindo das rotas tradicionais de grandes lançamentos da música, Inna, vem da República de Mali, na Africa, onde desde a infância esteve envolvida com a música. Invejavelmente ela cresceu ao som de incríveis referencias musicais, tais como, Ray Charles, Ella Fitzgerald, Otis Redding e Sarah Vaughan.

Passando por vários estilos musicais e experimentando desde a infância, é somente após a universidade, que Inna opta pelo Pop Soul. Seu primeiro albúm, Everyday is a new world, lançado em 2009 ganha notoriedade, assim como a carreira da cantora, após uma apresentação em dueto com Joson Marz, na Fête de la musique.

Realmente me encantei com o estilo, a voz e o ritmo proposto pela cantora, são fortes e tem muitas possibilidades de adaptação. Sempre me animo com coisas que tem possibilidades comerciais e não são mal feitas. Conheça um pouco mais do trabalho dela nas suas redes sociais: Facebook, Youtube, Myspace e no seu site.



quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O Piano

O músico procura
Fixar em cada verso
O cântico disperso
Na luz, na água e no vento.

Porém, luz, vento e água
Variam riso e mágoa,
De momento a momento.

E em vão a área dos dedos
Se eleva! Não traduz
Os súbitos segredos
Escondidos no vento,
Nas águas e na luz.

Pedro Homem de Melo


Minha paixão pelo piano vem desde sempre, nunca consegui tocar, mas sempre fui um exímio admirador da música. Quando tinha por volta dos 10 anos assisti um filme que marcou-me com uma das cenas mais fortes da minha vida. Não vou falar sobre ela para não comprometê-la, mas naquela época, pela minha pouca experiência, o filme resultou-se naquela cena.

Trata-se de um drama de 1993, que conta a história da pianista muda Ada McGrath. O filme passa-se na Nova Zelândia no início da sua colonização, onde a jovem escocesa vai após ter casamento arranjado pelo seu pai. Chegando lá apenas com sua filha de nove anos, roupas, seu piano e sem ao menos saber quem seria seu marido, ela vê-se em um mundo completamente diferente.

Para além das questões de direitos humanos do século XIX, o filme mostra algumas relações de amor, no entanto a mais importante é a de Ada com o seu piano. Muito além de um instrumento, ele tinha uma relação com o pai de sua filha, e nele, ela encontrava uma forma de comunicar-se, expressar-se e extravasar seus sentimentos. Em quase todas as cenas em que a protagonista aparece tocando seu piano, fica-nos claro o êxtase da música e a necessidade em tocar-lo, tal como se fosse um vício, chegando ao ponto de até prostituir-se por ele.


Mesmo tendo sido um filme muito importante pra mim, só o assisti duas vezes, aos 10 anos e, hoje, aos 23. Depois de algumas experiências adquiridas, percebi a riqueza de outras cenas, que aos 10 anos causavam-me mais vergonha do que reflexão.

O filme ganhou alguns dos principais premios internacionais:

Oscar: melhor atriz (Ada McGrath) , melhor atriz coadjuvante (Anna Paquine melhor roteiro original.

Cannes: Pomme D’Or e Premio de interpretação feminina para Holly Hunter.

Globo de Ouro: Melhor atriz para Holly Hunter.

Para finalizar esse é um drama que merece ser visto. É um filme envolvente e muito representativo, são várias cenas fortes que constroem-se a partir de alguns dos mais fortes sentimentos humanos: paixão, amor, raiva e dor.