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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O Piano

O músico procura
Fixar em cada verso
O cântico disperso
Na luz, na água e no vento.

Porém, luz, vento e água
Variam riso e mágoa,
De momento a momento.

E em vão a área dos dedos
Se eleva! Não traduz
Os súbitos segredos
Escondidos no vento,
Nas águas e na luz.

Pedro Homem de Melo


Minha paixão pelo piano vem desde sempre, nunca consegui tocar, mas sempre fui um exímio admirador da música. Quando tinha por volta dos 10 anos assisti um filme que marcou-me com uma das cenas mais fortes da minha vida. Não vou falar sobre ela para não comprometê-la, mas naquela época, pela minha pouca experiência, o filme resultou-se naquela cena.

Trata-se de um drama de 1993, que conta a história da pianista muda Ada McGrath. O filme passa-se na Nova Zelândia no início da sua colonização, onde a jovem escocesa vai após ter casamento arranjado pelo seu pai. Chegando lá apenas com sua filha de nove anos, roupas, seu piano e sem ao menos saber quem seria seu marido, ela vê-se em um mundo completamente diferente.

Para além das questões de direitos humanos do século XIX, o filme mostra algumas relações de amor, no entanto a mais importante é a de Ada com o seu piano. Muito além de um instrumento, ele tinha uma relação com o pai de sua filha, e nele, ela encontrava uma forma de comunicar-se, expressar-se e extravasar seus sentimentos. Em quase todas as cenas em que a protagonista aparece tocando seu piano, fica-nos claro o êxtase da música e a necessidade em tocar-lo, tal como se fosse um vício, chegando ao ponto de até prostituir-se por ele.


Mesmo tendo sido um filme muito importante pra mim, só o assisti duas vezes, aos 10 anos e, hoje, aos 23. Depois de algumas experiências adquiridas, percebi a riqueza de outras cenas, que aos 10 anos causavam-me mais vergonha do que reflexão.

O filme ganhou alguns dos principais premios internacionais:

Oscar: melhor atriz (Ada McGrath) , melhor atriz coadjuvante (Anna Paquine melhor roteiro original.

Cannes: Pomme D’Or e Premio de interpretação feminina para Holly Hunter.

Globo de Ouro: Melhor atriz para Holly Hunter.

Para finalizar esse é um drama que merece ser visto. É um filme envolvente e muito representativo, são várias cenas fortes que constroem-se a partir de alguns dos mais fortes sentimentos humanos: paixão, amor, raiva e dor.


terça-feira, 7 de junho de 2011

Festival Varilux de Cinema Francês em Belém


Entre os dias 8 e 16 de junho, Belém receberá mais uma edição do Festival Varilux de Cinema Francês. Nessa edição o número de cidades que receberá o evento subiu de 9 para 22 cidades, sendo que a abertura oficial será em São Paulo e no Rio de Janeiro, nos dias 8 e 9 de junho, respectivamente. Em Belém, no dia 9 às 21h 30, acontecerá a sessão de avant première, na sala 4 do Moviecom Castanheira.

As exibições começarão normalmente no dia 10 de junho, em todas as cidades, com projeção de 4 filmes por dia. A ideia é dar continuidade ao sucesso que o Festival obteve no ano passado, quando as exibições superaram 50.000 espectadores.

Como em 2010, o festival irá exibir uma seleção de 10 filmes franceses inéditos no Brasil. São comédias, filmes de ação, dramas psicológicos, filmes de autor e filmes de animação, que representando a diversidade da produção recente na França.

As cidades de Belo Horizonte, Brasília, Campos, Campinas, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Juiz de Fora, Macaé, Maceió, Natal, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Santos, São Paulo, São Luis, Salvador, Recife e Vitória.

Brésil et France

O cinema francês possui uma imagem muito positiva no Brasil. Por meio das co-produções e das distribuições recíprocas de filmes, ele também é uma área particularmente rica em intercâmbios entre os dois países. Neste ano, os laços tendem a estreitar, e os tradicionais “Encontros franco-brasileiros de coprodução”, terão uma relevância mais forte do que nunca, com as filmagens de duas co-produções franco-brasileiras emblemáticas: Rouge Brésil, que contará a história da França Antártica e de Villegaignon, e Amazônia – Planeta Verde, documentário-ficção de grande orçamento filmado na Amazônia.

Produzido pela Bonfilm Audiovisual e Realizado pela Unifrance film International (associação oficial de promoção do cinema francês no mundo), o “Festival Varilux de Cinema Francês” contará com apoio da Embaixada da França no Brasil e da Delegação Geral das Alianças Francesas. Ele é patrocinado pelo grupo Essilor-Varilux, pela Citroën e co-patrocinado por Allianz Seguros, L’Oréal, Tok&Stok e Sofitel. Está inscrito nos mecanismos do Ministério da Cultura da Lei Rouanet e no mecanismo de apoio à cultura do Estado do Rio de Janeiro, através da Lei do ICMS.


Serviço:

“Festival Varilux de Cinema Francês”

Local: MovieCom Castanheira (Shopping Castanheira: Rod. BR 316, KM 01, s/n lojas 289/290)

Data: 8 a 16 de junho

Exibições: 10 a 16 de junho

Lista de Filmes do Festival

Copacabana




De: Marc Fitoussi, com Isabelle Huppert, Lolita Chammah, Aure Atika, Noémie Lvovsky

Comédia dramática - 1h47 - 12 anos

Distribuidor Brasil: Pandora

Sinopse: Inconsequente e jovial, Babou nunca se preocupou com status social. Porém, ao descobrir que sua filha está com vergonha de convidá-la para o seu casamento, decide “encaretar”. Sentindo seu amor materno rejeitado, Babou resolve se tornar corretora de imóveis na monótona cidade litorânea de Ostende, em pleno inverno. Na hostilidade dessa estação balneária fora de temporada, ela poderia ser tentada a abrir mão desse trabalho e aproveitar a vida. Mas Babou resiste, determinada a recuperar a estima da filha e lhe dar um presente de casamento digno desse nome.

«A sutileza está também na delicadeza do roteiro. Rimos demais com Copacabana: o pano de fundo é bom, humanamente bom. Sem racismo nem ironias. » - Lucie Calet , Nouvel Obs.

Lobo (Loup)





De: Nicolas Vanier, com Nicolas Brioudes, Pom Klementieff, Min Man Ma, Vantha Talisman

Aventura - 1h42min - 12 anos

Distribuidor Brasil: Playarte

Sinopse: Sergueï é um rapaz do povo Évène, povo nômade criador de rena que vive nas montanhas da Sibéria Oriental. Quando ele completa 16 anos, é nomeado Guardião do grande rebanho de renas do clã de Batagaï. Ainda menino, Sergueï aprendeu a caçar e a matar lobos sem dor. Até o dia em que o encontro com uma loba e seus adoráveis filhotes altera todas as suas certezas...

«Com cenas comoventes de filhotes de lobos atravessando grandes espaços cobertos de neve em trenó, "Lobo" impressiona. A música de Krishna Levy é digna dos grandes filmes de aventura hollywoodianos. » - Samuel Douhaire, Télérama

O pai dos meus filhos (Le Père de mes enfants)




De Mia Hansen-Løve, com Chiara Caselli, Louis-Do de Lencquesaing, Alice de Lencquesaing, Alice Gautier

Drama - 1h50 - 12 anos

Sinopse: Grégoire Canvel tem tudo que deseja: uma esposa amada, três adoráveis filhos e uma profissão que é a sua paixão, ele é produtor de filmes. Com determinação e carisma excepcionais, Grégoire multiplica admiradores. Tudo parece perfeito. Porém, sua prestigiosa empresa de produção, a Moon Films, vacila. Com filmes produzidos demais, riscos demais, passivos demais, as ameaças se tornam realidade.

«Tudo é orquestrado com uma delicadeza extrema, com uma cenografia suave e melódica, moldada por uma emoção surgida da verdade dos seres.» - Jean-Luc Douin, Le Monde

Os nomes do Amor (Le Nom des gens)





De Michel Leclerc, com Jacques Gamblin, Sara Forestier, Zinedine Soualem, Carole Franck

Comédia - 1h44 - 12 anos

Distribuidor Brasil: Mares filmes

Sinopse: Bahia Benmahmoud, uma jovem mulher extrovertida, é comprometida com seus ideais políticos: sem limites, ela não hesita em transar com seus inimigos para convertê-los à sua visão política, o que significa, potencialmente, muita gente, porque, em suma, todas as pessoas de direita representam sua causa. Ela costuma ter bons resultados, até o dia em que encontra Arthur Martin...

«Michel Leclerc assina um filme incrivelmente inteligente, com diálogos densos e tratando de temas sérios com um humor ácido. » - Aurélie Vautrin, Filmsactu

Potiche: Esposa Troféu (Potiche)





De François Ozon, com Catherine Deneuve, Gérard Depardieu, Fabrice Luchini, Karin Viard, Jérémie Renier, Judith Godrèche

Comédia - 1h43 – 12 anos

Distribuidor Brasil: Imovision

Sinopse: Em 1977, em uma província francesa, Suzanne Pujol é a esposa burguesa submissa de um rico industrial, Robert Pujol. Ele dirige uma fábrica de guarda-chuvas com mão de ferro e é um homem desagradável e autoritário com os funcionários, os filhos e a esposa. Esta é considerada por ele um objeto, uma Potiche. Após uma greve e o sequestro do seu marido, Suzanne fica à frente do comando da fábrica e, para surpresa geral, se revela uma mulher de ação, uma líder nata.

«Uma comédia kitsch e rosa-shocking, atrapalhada e divertida, chegando a ser até engraçada, com algumas pitadas políticas e sociais.» L'Express

Simon Werner desapareceu... (Simon Werner a disparu…)





De Fabrice Gobert, com Ana Girardot, Jules Pelissier, Esteban Carvajal Alegria, Laurent Delbecque

Thriller - 1h33 - 12 anos

Sinopse: Março de 1992, nos arredores de Paris. Durante uma festa regada a muito álcool, um grupo de adolescentes encontra um corpo aparentemente sem vida na floresta, escondido no mato. Quinze dias antes, no liceu Léon Blum, um aluno de ultimo ano, Simon Werner, não responde à chamada. Manchas de sangue são encontradas numa sala de aula. Fuga, sequestro, suicídio, assassinato?

«Sem complexos, este thriller estudantil visita com charme o universo dos filmes do gênero, sem se esquecer de trançar uma bela coroa mortuária com as rosas espinhosas da comédia sentimental.» - Alain Spira, Paris Match

Uma doce mentira (De vrais mensonges)





De Pierre Salvadori, com Audrey Tautou, Nathalie Baye, Sami Bouajila, Stéphanie Lagarde

Comédia - 1h45min – 12 anos

Distribuidor Brasil: Mares filmes

Sinopse: Numa manhã de primavera, Emilie recebe uma linda carta de amor anônima. Sua primeira reação é jogar a carta no lixo. Mas ela vislumbra uma forma de salvar sua mãe, uma mulher triste e isolada desde a partida de seu marido. Sem pensar muito, ela envia a carta para a mãe, sem saber que o autor é Jean, seu tímido empregado. Emilie não imagina que seu gesto desencadeará uma série de desentendimentos, criando situações fora de controle.

«Do encadeamento perfeito das esquetes que valorizam o cômico de situação, Pierre Salvadori extrai esta maravilhosa diversão, cuja encenação evidencia discretamente a confusão entre o teatro e a vida. Os atores contribuem enormemente para o sucesso do filme... » Jean-Luc Douin, Le Monde

Um gato em Paris (Une vie de chat)





De Alain Gagnol e Jean-Loup Felicioli

Animação / Policial - 1h00 - livre

Distribuidor Brasil: Bonfilm

Sinopse: Dino é um gato que divide sua vida entre duas casas. Durante o dia, ele vive com Zoé, a filha de Jeanne, uma delegada de polícia. Durante à noite, ele escala os tetos de Paris em companhia de Nico, um ladrão de grande habilidade. Jeanne está investigando vários roubos de joias e ainda precisa cuidar da vigilância do Colosso de Nairóbi um grande monumento cobiçado pelo bandido Costa. Dino é testemunha de tudo que acontece e viverá muitas aventuras.

«Uma pequena jóia lúdica, poética e extremamente colorida no mundo finalemente bastante clássico da animação para as crianças.» - Matthias Galante, Le Parisien

Vênus Negra (Vénus noire)





De Abdellatif Kechiche, com Yahima Torres, André Jacobs, Olivier Gourmet, Elina Löwensohn

Drama histórico - 2h44min – 16 anos

Distribuidor Brasil: Imovision

Sinopse: Paris, 1817, Academia Real de Medicina. Em frente a um molde do corpo de Saartjie Baartman, o anatomista Georges Cuvier é categórico: “Nunca vi uma cabeça humana tão parecida como a dos macacos.” Uma plateia de eminentes colegas cientistas aplaude a demonstração. Sete anos antes, Saartjie deixara a África do Sul como escrava de Caezar, sendo obrigada a exibir seu corpo ao público londrino nas feiras de aberrações.

«Com uma encenação cheia de raiva típica desse cineasta audacioso, o filme nunca tenta seduzir, mas nem por isso é menos apaixonante » Samuel Douhaire, Telerama.

Xeque-Mate (Joueuse)





De Caroline Bottaro, com Sandrine Bonnaire, Kevin Kline, Valérie Lagrange, Francis Renaud

Comédia dramática - 1h40 – 12 anos

Sinopse: Num vilarejo de Córsega, a vida de Hélène, uma mulher retraída e discreta, é feita de dias que parecem sempre iguais… Ela trabalha como arrumadeira num hotel e, aparentemente, é feliz com seu marido, Ange, e sua filha, Lisa, uma adolescente de 15 anos. Sua vida modesta e monótona parece não ter chance de mudar... Porém, um dia, durante a limpeza dos quartos, ela se depara com um jovem casal de americanos jogando xadrez e fica fascinada.

«Sandrine Bonnaire e Kevin Kline estão extraordinários. Ela é luminosa, ele, impenetrável. Um filme que fala de amor, de outra maneira. » - Dvdrama

Com informações da Alliance Française de Belém e Festival de Varilux de cinema Francês

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Once - Glen Hansard e Markéta Irglová


Uma ideia legal, uma cidade linda, umas musicas incríveis e um casal romântico. Parecem os ingredientes perfeitos para um filme lindo, ne? Pois é, e foi. Eu já sabia da existência desse filme, mas até então só tinha tido acesso à trilha, que é maravilhosa.

Bom, o nome do filme é Once, e longe de ser um critico cinematográfico, falarei um pouquinho do que eu li sobre ele (coisa que vai além do Wikipédia) e mostrarei algumas impressões, isso de uma forma totalmente subjetiva.

Pra começar, o filme se passa em um lugar lindo que sonho em conhecer: Dublin, na Irlanda. E é numa das ruas centrais dessa cidade que Glen Hansard - vocalista da Banda The Frames- faz o papel de um músico que canta composições autorais em trocar de alguns trocados. E em uma dessas manhãs ele encontra uma meio desajeitada imigrante Tcheca, Markéta Irglová, que ficou encantada com a música dele.

Além da veia artística dos dois, ambos sofrem de amor. Ela tem uma filha e foi abandonada pelo marido, enquanto ele, ainda sofre de amor por uma inglesa, que o trocou. Essas paixões e desilusões são as inspirações das músicas de cada um deles.


Na primeira conversa ele conta pra ela que além das músicas, ele conserta aspiradores de pó. Sim, isso mesmo. Ela lembra que tem um quebrado e pede pra ele consertar. No outro dia conforme tinham combinado, ela aparece com seu aspirador de pó.

A partir desse momento começa uma sequencia de imagens lindas. Começa com uma cena dela com andando com o aspirador de pó até os dois cantando Falling Slowly, que é minha música predileta, em uma loja de instrumentos.

Resumindo... O filme tem uma história linda e merece ser assistido.

É uma produção e baixo orçamento, apenas 130 mil euros, dirigido por John Carney, e segundo o amigo Wiki, é um drama naturalista, que eu não faço a menor ideia do que seja. O filme já ganhou alguns prêmios, em 2008, foi indicado ao Oscar e ganhou o Grammy com a música Falling Slowly.

É um filme com características bem fortes da estética de imagens dos filmes europeus e com exceção de uma música, toda a trilha é de Glen e Markéta.