Aliais, o que é a vida? A gente nasce,
aprende a falar, cria amizades, laços familiares e se liga
emocionalmente às pessoas. Durante esse processo a gente vai
crescendo, e socialmente fazendo escolhas, mas nem sempre fazemos as
escolhas certas. E certas pra quem? Quem decide o que é certo e o
que é errado?
Tínhamos que crescer, entrar em uma
universidade pra ter um papel que diga quais são nossas competências
e funções sociais, depois deveríamos casar, fazer/ter filhos, ter uma
casa, um carro, depois nossos filhos iam sair de casa, íamos
envelhecer para então curtir a melhor idade. Afinal, já não
seriamos mais mais mão-de-obra, agora é hora de curtir a vida.
Parece o plano perfeito. Tudo
perfeitamente calculado por esse sistema tão igual, justo e estável.
Estável ao ponto de criar classes e
padrões sociais. Classes separadas por abismos financeiros onde há
uma lei em que diz que todos são iguais, mas essa igualdade está
somente nos padrões que são impostos multiforme e constantemente à
todos de forma isonômica.
TODOS temos que ser iguais. Temos que
ter as mesmas roupas, mesmos cabelos, mesmo modo de vida. IGUAIS.
Essa é a nossa opção, caso contrário, somos excluídos, expulsos
ou simplesmente mortos.
Parece um discurso de um idealista
maluco. Mas há fatos que são são capazes de nos surpreender no
meio da jornada, levando-nos à esses questionamentos, que são
quotidianos, mas nem sempre tão fortes. O que eu to fazendo?
Enquanto eu sigo o rumo “normal” da vida, existem pessoas que
morrem, matam e enlouquecem, pelo simples fato de não se adequarem ao
sistema. Esses, nem sempre mentes extraordinárias, são apenas
pessoas incomuns, talvez mais sensíveis, que querem uma vida comum,
e por isso acabam sendo vítimas das classes e padrões, e portanto
sendo “eternos” inadequados e inconformados.
Às vezes mentes promissoras. [licença
para o clichê] Diamantes sem lapidação, pois lapidar é caro e não
é acessível à todos. Triste é ver de tão perto isso. Revoltante
é olhar o quanto essa sociedade pode ser tão injusta, desigual e
corrupta.
Eu quero envelhecer, mas certamente,
não quero ser igual. Tenho mais medo da clicheização da
vida, do que das frases clichês do meu texto ou do clichê da morte.
A única coisa que quero, é que a ténue linha que separa a loucura
da sanidade não seja transposta, pois são em momentos como esses
tenho certeza que muito perto chego dessa linha e tenho um medo
absurdo do que vejo lá do outro lado (seja ele qual for).
**04/08/2013**
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